Como Repatriar os Bens do Estoril

No Estoril, em Portugal, há um belíssimo edifício de apartamentos de luxo com rasgadas janelas que mergulham no mar, e cujos proprietários são variadas personalidades angolanas. Rafael Marques, em 2012, dava conta de que, no complexo residencial de luxo Estoril Sol Residence, havia apartamentos que pertenciam a figuras como o general “Kopelipa” ou o ex-ministro das Finanças José Pedro Morais. As investigações que decorreram em Portugal a propósito de Manuel Vicente também revelaram que o antigo vice-presidente angolano possuía apartamentos no Estoril. Outro imóvel icónico, o famoso Hotel Albatroz, em Cascais, onde se encontra uma das mais belas salas de jantar da Europa, com vista para a praia e o mar, parece igualmente ser propriedade do general “Kopelipa” e do investidor russo Leonid Ranchinskiy. A pergunta que qualquer cidadão comum se coloca é a seguinte: algum destes investimentos angolanos já retornou ao país, no âmbito da Lei do Repatriamento de […]

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O Prédio dos Angolanos no Estoril Sol

Nos últimos anos, o novo-riquismo angolano tornou-se lendário em Portugal. Dirigentes angolanos, suas famílias e associados de negócios têm estado a adquirir, nesta parte da península ibérica, alguns dos principais símbolos da opulência local. Caso paradigmático é o do complexo residencial de luxo Estoril Sol Residence, que compreende três edifícios de uma arquitectura singular e controversa, no Estoril, na orla marítima de Lisboa. O complexo tem dos apartamentos mais caros de Portugal, que variam entre um milhão e cerca de cinco milhões de euros por unidade. O complexo é bem conhecido como o “prédio dos angolanos”, por serem estes os principais clientes do projecto imobiliário inaugurado há dois anos. Na posse de angolanos estão perto de 30 apartamentos. Numa breve investigação, Maka Angola apurou quem são os abastados angolanos com propriedades no Estoril Sol Residence. O actual ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, António Domingos Pitra Costa Neto, […]

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Angola e a Justiça Portuguesa: Reabrir os Processos Arquivados, Já

Alguém conhece um único caso na justiça criminal portuguesa contra a oligarquia angolana que não tenha sido arquivado ou parado ou esquecido? A resposta é simples e directa: não existe. Até ao momento, a posição da justiça portuguesa tem sido sempre de completa deferência perante o poder angolano. Por isso, o caso de Manuel Vicente e do infeliz procurador Orlando Figueira não é único. Não no sentido da corrupção, pois sobre isso não tenho dados, embora suspeite de que o caso não ficará por aqui, até porque há práticas mais difusas, como conceder a familiares de procuradores lugares em empresas ou escritórios de advogados ligados ao regime angolano. Contudo, este caso não é certamente único no sentido de “varrer para debaixo do tapete” as questões que beliscassem os grandes de Angola. Enumeremos algumas situações. A primeira já tem alguns anos e surgiu na Operação Furacão. Noticiava Carlos Rodrigues Lima no […]

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